- Instituto Inalare
- outubro 8, 2019
- 5 anos ago
- 1:20 pm
Urticária é uma manifestação na pele com manchas avermelhadas, elevadas como placas, que cursam com coceira intensa e melhoram com anti-alérgico. Essas lesões desaparecem sem deixar cicatriz em menos de 24h, mesmo que surjam novas no dia seguinte. Podem surgir em qualquer parte do corpo e ter edema (inchaço) associado.
Até 20% da população manifestará urticaria em algum momento da vida.
A urticaria pode ser um sinal clínico de algumas alergias, como por exemplo alergia a alimentos, medicamentos e picada de inseto.
Também pode estar associada a quadros infecciosos, e esta é a forma mais comum na infância.
Nos casos associados a um provável alérgeno, os exames complementares como IgE específica e teste cutâneo (prick test) podem auxiliar no diagnóstico.
Quando as lesões aparecem por mais de seis semanas, pelo menos 3x por semana, chamamos esta situação de Urticaria Crônica Espontanea (UCE). E, ao contrário das urticarias agudas, quando se tem uma “causa” para o surgimento das lesões, na UCE elas surgem espontaneamente, e não têm causa alérgica.
O diagnostico de UCE é baseado numa história clínica e exame físico detalhados. Exames complementares são desnecessários.
Como a urticaria está presente em situações e causas distintas, o tratamento é personalizado. Os anti-histamínicos não sedantes (anti-alérgicos) são as medicações de eleição em todos os casos.
Na UCE não responsiva aos anti-histamínicos, o Omalizumabe, a Ciclosporina e outros imunossupressores podem ser necessários para o controle da doença. Os corticoesteróides são necessários raramente e devem ser indicados sempre pelo médico especialista.
A automedicação pode dificultar o diagnóstico adequado e algumas vezes traz danos graves à saúde.
Sobre o autor:
Dra.Chayanne Andrade Araujo
CRM 133673